
Os dois policiais presos por suspeita de estuprar uma jovem de 20 anos em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, estavam com as câmeras corporais desligadas no momento do suposto crime, que teria ocorrido na noite do domingo (2).
O que aconteceu
Câmeras nos uniformes dos policiais, que deveriam estar funcionando no momento em que a vítima disse ter sido estuprada, estavam inoperantes. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse ter recolhido as câmeras dos policiais para perícia. Segundo a pasta, os equipamentos de monitoramento serão “analisados” para auxiliar na elucidação do caso.
Militares foram presos preventivamente. Os agentes envolvidos no suposto abuso são o cabo James Santana Gomes e o soldado Léo Felipe Aquino da Silva, membros do 24º Batalhão de Polícia Militar de Diadema. O UOL não conseguiu contato com as defesas deles. O espaço segue aberto para manifestação.
Vítima foi submetida a exame de corpo de delito em um hospital de São Paulo — ela teria ficado machucada em decorrência da violência sofrida. Os dois militares também fizeram o exame. Os resultados desses exames ainda não foram divulgados.
Entenda o caso
Agentes foram presos em flagrante por abandono de posto e descumprimento de missão. Eles deixaram a área de patrulhamento sem autorização e sem motivo justificado, segundo comunicado divulgado pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
PMs deram carona à jovem por volta das 23h30. Após sair da viatura, ela acusou os policiais de estupro, denúncia apurada rigorosamente, segundo a SSP-SP, pela instituição.
Suposta vítima prestou depoimento na delegacia na terça-feira (4). Ela compareceu acompanhada da mãe e foi liberada após relatar o ocorrido.
PMs negam ter estuprado a jovem. Eles alegam que faziam patrulha quando foram abordados por ela, que teria pedido a eles para levá-la até o terminal de ônibus Piraporinha. No local, ela teria se recusado a descer da viatura, se “exaltado” por não querer ficar sozinha no terminal e, então, teria ameaçado denunciar os policiais por estupro. Em seguida, os agentes alegam que deixaram a jovem em um ponto de ônibus na Avenida do Estado. Essa versão é contestada pela família da jovem.
SSP-SP afirmou que o caso é “apurado rigorosamente” pelas polícias Militar e Civil do estado. “Todas as circunstâncias dos fatos são apuradas, inclusive com a análise das câmeras corporais. A Polícia Militar reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência, garantindo que qualquer desvio de conduta será punido com rigor.
Paralelamente, a Polícia Civil também investiga os fatos por meio de inquérito policial instaurado pelo 26° Distrito Policial. A mulher compareceu nesta terça-feira (4) na unidade, juntamente com sua mãe, e foi ouvida pela autoridade policial.
Por UOL
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