
Aos 38 anos, o policial penal e atleta de jiu-jitsu Rafael Lisboa colocou Rondônia no pódio do World Police and Fire Games, uma das maiores competições internacionais voltadas para policiais e bombeiros, disputada em Birmingham, nos Estados Unidos.
Representando Rondônia e o Brasil, Rafael voltou pra casa com duas medalhas no peito: uma de prata, conquistada no No-Gi (luta sem kimono), e outra de bronze no jiu-jitsu convencional. E o caminho até elas não foi nada fácil.

Em entrevista com a repórter Ana Beatriz Vieira ele contou: “A integração entre as polícias foi muito boa, todo mundo bem receptivo. As pessoas queriam saber como é nossa realidade aqui no Brasil, como é o trabalho, como é competir. Todo mundo estava lá com o mesmo objetivo, de interagir e fazer amizades. Foi bem legal essa experiência.”
A preparação exigiu disciplina. Foram três anos competindo intensamente, participando de cerca de 11 campeonatos por ano, sempre de olho na evolução técnica. Para o evento nos Estados Unidos, Rafael priorizou evitar lesões.
“Eu já venho me preparando há anos. Pra essa competição específica, foquei em não ter lesão. Tirei a parte mais bruta dos treinos e procurei focar numa parte mais técnica pra evitar qualquer problema, porque era uma competição muito importante,” explica.
Mesmo já tendo colocado duas medalhas no peito, Rafael está de olho no futuro. Ele quer voltar ainda mais preparado para a próxima edição do World Police and Fire Games, daqui a dois anos.
“Quando você pensa em Olimpíadas, é um nome muito forte. É esporte de alto rendimento. O que fica pra mim é que você tem que estar pronto pro que vier: lutar cansado, lutar descansado, não importa. Você tem que estar preparado,” afirmou.
Além dos pódios, Rafael destaca o jiu-jitsu como muito mais que um esporte em sua vida.
“O esporte pra mim é um escape. Quando não estou no trabalho, estou no tatame treinando. Serve pra aliviar a mente, esquecer os problemas. É muito mais que esporte, é minha segunda profissão. E é um trabalho que faço com muito prazer, assim como ser policial penal. Mas aqui no tatame, é ainda mais paixão,” finalizou Rafael.
Com disciplina, paixão e orgulho, Rafael Lisboa mostra que Rondônia também brilha nos tatames internacionais, e promete seguir escrevendo essa história nos próximos desafios que vierem pela frente.
Por Rede Amazônica
relacionadas
Veja quem são os policiais responsáveis por abordagem truculenta e abandono de criança
INÉDITO: candidato ganha na justiça para entrar na PM-RO depois de ter sido excluído pela idade
MP-RO investiga ação da PM que terminou com sete mortos em Porto Velho