
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 1º, a Operação Hefesto, que se dedica a desarticular organização criminosa suspeita pelos crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Um dos alvos da ação foi, segundo o site Metrópoles, Luciano Cavalcante, assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Sem divulgar se o alvo em questão foi o aliado de Lira, imagens da PF mostram um cofre. Dentro dele, é possível conferir maços de notas de R$ 50 e R$ 100, além de duas cartelas de Cialis, remédio para impotência sexual. Agentes também apreenderam dinheiro em espécie em uma mala.
Em comunicado à imprensa, a PF afirma que a Operação Hefesto movimentou mais de 110 policiais federais e 13 servidores da Controladoria-Geral da União.
Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária. As ações ocorreram em Maceió (reduto eleitoral de Lira), Gravatá (PE), São Carlos (SP), Goiânia e Brasília.
⏯️ Cofre lotado de dinheiro e “viagra”: o que a PF encontrou em ação contra aliados de Lira.
Um dos assessores de Arthur Lira (PP-AL) foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Leia na coluna de @mirelle_ap & @carloscarone78: https://t.co/nKBY9LTX2E pic.twitter.com/pVvJN7klRh
— Metrópoles (@Metropoles) June 1, 2023
A PF também informa que houve o sequestro de bens e imóveis dos investigados, o que soma cerca de R$ 8,1 milhões. Processos de licitação entre uma das empresas sob investigação foram suspensos, conforme destaca a corporação.
PF, aliado de Lira e investigação

De acordo com a PF, o ponto de partida da Operação Hefesto é a investigação de supostos crimes ocorridos de 2019 e 2022. A prática ilegal, de acordo com a Polícia Federal, se dava em “processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos”. O dinheiro envolvido nas operações era oriundo do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação.
“A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica”, informa a PF. “[Isso] pode indicar a ocultação e dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas.”
Por Revista Oeste e Metropoles