Lula não desistiu de tentar trazer Ditador Maduro para cerimônia de posse

Maduro está proibido de ingressar no Brasil em razão de uma portaria de 2019, assinada pelos então ministros de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda tenta encontrar “uma solução” para trazer o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, à posse do petista. Maduro está proibido de ingressar no Brasil em razão de uma portaria de 2019, assinada pelos então ministros de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Entretanto, o embaixador Fernando Igreja, chefe do cerimonial da equipe de transição, afirmou que “essa questão está sendo tratada internamente para que se encontre uma solução.”

Segundo ele, a equipe de transição já enviou o convite a todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, o que não é o caso da Venezuela, e, por isso, disse que “evidentemente essa situação está sendo tratada aqui pela equipe de transição, dentro da comissão da cerimônia de posse, para que possamos transmitir o convite ao presidente Maduro, como representante da Venezuela”, afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 7, ao lado da primeira-dama, Janja, que também participa da comissão da cerimônia de posse.

A entrevista foi postada no perfil do Twitter do PT.

Pela portaria de 2019, não apenas Maduro, mas outros “altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos” ficaram impedidos de ingressar no Brasil.

A portaria fundamenta-se em resoluções do Grupo de Lima, reunião de chanceleres de 12 países de todo o continente americano que analisa a questão venezuelana e pressiona pelo fim do regime de extrema esquerda. O Brasil faz parte do grupo, que se enfraqueceu à medida que a direita foi perdendo as eleições.

Com a posse de Lula, Maduro deve voltar a ser reconhecido oficialmente presidente da Venezuela e Juan Guaidó, até então tido como chefe de Estado do país vizinho, perderá esse status perante o Brasil, que também deverá reatar as relações diplomáticas com o país de Maduro.

 

Por Revista Oeste

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