Presídio onde 52 morreram no Pará está superlotado e em condições ‘péssimas’, aponta CNJ

De acordo com os dados do CNJ, a unidade tem capacidade para 163 presos (o governo do Pará fala em capacidade para 200 presos), mas abrigava, até esta segunda, 343 detentos em regime fechado.

Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feita neste mês de julho constatou que o Centro de Recuperação de Altamira está superlotado e em condições “péssimas”. Nesta segunda-feira (29), 52 presos foram assassinados durante uma rebelião no local; 36 delas morreram asfixiadas e 16 decapitadas, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).

De acordo com os dados do CNJ, a unidade tem capacidade para 163 presos (o governo do Pará fala em capacidade para 200 presos), mas abrigava, até esta segunda, 343 detentos em regime fechado.

Segundo o juiz responsável pela inspeção, cujo nome não aparece no relatório, “a quantidade de agentes (…) é reduzido frente ao número de custodiados, o qual já está em vias de ultrapassar o dobro da capacidade projetada”. Aponta ainda “necessidade de nova unidade prisional urgente e aumento do número de agentes penitenciários, com o fortalecimento da segurança da unidade”.

Trecho de relatório do CNJ sobre presídio onde houve rebelião em Altamira — Foto: Reprodução/G1

Trecho de relatório do CNJ sobre presídio onde houve rebelião em Altamira — Foto: Reprodução/G1

Fonte: G1

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