Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feita neste mês de julho constatou que o Centro de Recuperação de Altamira está superlotado e em condições “péssimas”. Nesta segunda-feira (29), 52 presos foram assassinados durante uma rebelião no local; 36 delas morreram asfixiadas e 16 decapitadas, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
De acordo com os dados do CNJ, a unidade tem capacidade para 163 presos (o governo do Pará fala em capacidade para 200 presos), mas abrigava, até esta segunda, 343 detentos em regime fechado.
Segundo o juiz responsável pela inspeção, cujo nome não aparece no relatório, “a quantidade de agentes (…) é reduzido frente ao número de custodiados, o qual já está em vias de ultrapassar o dobro da capacidade projetada”. Aponta ainda “necessidade de nova unidade prisional urgente e aumento do número de agentes penitenciários, com o fortalecimento da segurança da unidade”.
Trecho de relatório do CNJ sobre presídio onde houve rebelião em Altamira — Foto: Reprodução/G1