Agentes penitenciários do Piauí iniciaram às 0h desta quarta-feira (15) uma paralisação em prol da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 308, que prevê a criação da Polícia Penal e contra a reforma da previdência. De acordo com o sindicato da categoria, durante 24h estarão suspensas visitas e saída de presos para audiência e/ou transferência. O protesto acontece em frente à Casa de Custódia de Teresina.
“Vamos manter somente os serviços essenciais, como cumprimento de alvará de soltura e alimentação dos presos. O movimento é nacional para alertar a importância da aprovação da PEC, que cria a Polícia Penal para coibir a prática de crimes a partir das unidades prisionais”, explicou Kleiton Holanda, vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).
Para o sindicalista, a proposta visa solucionar problemas relacionados à insegurança nos presídios e tramita há mais de uma década na Câmara de Deputados sem previsão para votação.
“É importante destacar que nós [agentes] não podemos ser punidos por fugas e outras ocorrências nas penitenciárias, já que o estado não nos oferece as condições de trabalho e o efetivo necessário”, comentou Kleiton Holanda, em repúdio ao afastamento de agentes penitenciários feito pela Secretaria de Justiça, após a fuga de 26 presos na Irmão Guido.
Anúncio de melhorias
Em resposta ao movimento, o setor de Gestão de Pessoas da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) anunciou nessa terça-feira (14) um novo aumento para os agentes penitenciários de R$ 8.426,90. Além do reajuste no subsídio, o órgão afirmou ter feito reajustes de gradativos no extraordinário, adicional noturno e auxílio refeição.
Outro avanço, de acordo com a Sejus, foi a implementação, em 2016, da taxa de insalubridade de R$ 400. A Secretaria também destacou que mais de 570 agentes foram promovidos desde 2015.
Fonte: G1/PI
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