
Cantores do universo do funk e do rap demonstraram indignação diante da prisão de Marlon Brandon Coelho, o MC Poze do Rodo. Após o funkeiro ser levado por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), os colegas de profissão de Poze vieram a público falar sobre a ação policial.
Rodrigo Freitas Fernandes Morais, o rapper Major RD chegou a chamar os investigadores de “safados”. “Mó covardia prender o menor dessa forma (sic).”
“Segurado pelo pescoço, como se fosse o maior traficante do Rio de Janeiro. Por que canta no baile? É apologia cantar no baile? Se não fosse o Poze, seria outra pessoa; vocês é tudo safado, o baile rola embaixo o nariz de vocês, porque vocês recebem para o baile rolar (sic)”, criticou Major RD.
Inicialmente, Mauro Nepomuceno, o Oruam, se pronunciou, revoltado, por meio dos stories: “Algemaram o Poze, nem precisava disso, o cara é exemplo para várias pessoas. Eles gostam de denegrir nossa imagem. Todo mundo sabe que isso é uma mentira, o Poze canta nos bailes das favelas, mas não é envolvido com nenhuma facção, não”.
Pouco tempo depois, ele fez uma publicação mais elaborada e postou o vídeo no feed de seu perfil.
“Prenderam o Poze, e a pergunta que não quer calar é: acabou com o crime? O Estado tá perdendo e para saciar o povo, a sociedade, com algum tipo de resposta, ele criminaliza o pobre, preto e favelado, é o que ele tá fazendo com o Poze. Hoje eles prenderam o Poze, amanhã eles vão prender o Oruam e ontem eles prenderam o MC Smith, o Tikão. Isso não vai parar, tropa, eles vão sempre, para tirar a culpa deles, vão ter que achar um culpado e colocar a culpa em nós, mas, se tirar a gente, o crime ainda vai ter (sic).”
Daniel Amorim Nicola, o MC Daniel Falcão, também se pronunciou por meio das redes sociais.
Em sua declaração, o cantor escreveu que “parece que foi ele que roubou o INSS”, referindo-se à farra do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelada pelo Metrópoles.
“Nada vai apagar o brilho dele. Parece que foi ele que roubou o INSS. Se tivessem metade da disposição para prender quem realmente faz coisa errada, o Brasil era país de primeiro mundo”, opinou.
Por Metropoles

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