
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na noite desta terça-feira (28/10), uma nota oficial com tom de represália após a morte de quatro policiais durante a megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
No comunicado, publicado nas redes sociais da corporação, a instituição afirma lamentar profundamente as perdas e se solidariza com familiares e amigos dos policiais mortos.
Em tom direto, a Polícia Civil classificou como “covardes” os ataques realizados por criminosos e garantiu que os responsáveis não ficarão impunes.
“A resposta está vindo, e à altura”, diz trecho da nota da Polícia Civil do RJ.
A mensagem faz referência à Megaoperação Contenção, que mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares. O objetivo foi capturar lideranças do Comando Vermelho e conter o avanço territorial da facção criminosa em áreas estratégicas do estado.
Policiais mortos na ação
Entre os mortos estão os policiais civis:
• Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara
• Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos
Também morreram dois policiais militares do Bope, Cleiton Serafim Gonçalves, 42, e Herbert Carvalho da Fonseca, 39. Os quatro foram atingidos durante confrontos em diferentes pontos dos complexos.
Operação mais letal do estado
A ação ocorreu ao longo de toda a madrugada e manhã. Moradores relataram intenso tiroteio, barricadas em chamas e ataques com drones que lançaram artefatos explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Até o último balanço oficial, a operação resultou em 81 prisões. A Polícia Civil afirmou que o material apreendido e as mensagens atribuídas ao CV, que pediam resistência de moradores e mototaxistas, serão utilizados nas investigações.
Após os ataques, a coluna apurou que todos os policiais civis e militares do Rio foram colocados em regime de sobreaviso, podendo ser acionados a qualquer momento para nova atuação.
Por Metropoles

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