
O governo dos Estados Unidos aumentou nesta quinta-feira, 7, para 50 milhões de dólares (cerca de R$ 272 milhões) a recompensa por “informações que levem à prisão” do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. O líder venezuelano é acusado pelos EUA de colaborar com organizações ligadas ao narcotráfico e de ter “estrangulado a democracia”.
O valor é maior do que o oferecido por detalhes do paradeiro de Osama Bin Laden após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
“Ele é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à nossa segurança nacional”, acusou a procuradora-geral, Pam Bondi, em vídeo publicado no X. “O regime de terror de Maduro continua”, acrescentou sobre o líder chavista, cuja reeleição desde 2018 é considerada fraudulenta por Washington.
O chanceler da Venezuela, Yván Gil, respondeu que “a ‘recompensa’ patética de Pamela Bondi é a cortina de fumaça mais ridícula que já vimos,” no aplicativo Telegram. “Seu show é uma piada, uma distração desesperada de suas próprias misérias. A dignidade de nossa pátria não está à venda. Repudiamos essa operação grosseira de propaganda política,” ele acrescentou.
Pam acusa o mandatário venezuelano de utilizar “organizações terroristas estrangeiras como o Tren de Aragua, o cartel de Sinaloa e o Cartel dos Soles para introduzir drogas letais e violência” nos Estados Unidos. Até o momento, a agência antidrogas dos EUA (DEA) “confiscou 30 toneladas de cocaína vinculadas a Maduro e seus cúmplices, com quase sete toneladas relacionadas ao próprio líder chavista”, detalha Pam.
É a “principal fonte de renda” para os cartéis sediados na Venezuela e no México, acrescenta Washington. A procuradora-geral americana ainda afirma que a cocaína costuma estar misturada com fentanil, um opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos. O Departamento de Justiça “confiscou mais de 700 milhões de dólares em ativos ligados a Maduro, incluindo dois jatos privados, nove veículos e outros bens”, ela destacou.
“Por isso, dobramos a recompensa para 50 milhões de dólares. Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e responderá por seus crimes atrozes”, insistiu Pam, que divulgou um número de telefone e pediu informações “para levar esse criminoso à justiça”.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, ressaltou que, desde 2020, “Maduro estrangulou a democracia e se agarrou ao poder”. “Afirmou ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, mas não apresentou nenhuma prova. Os Estados Unidos não o reconhecem como presidente da Venezuela.”, ele acrescentou.
Por MSN
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