26/06/2025

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De olho na política e segurança pública

Veja momento em que corpo de brasileira é içado de vulcão na Indonésia

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, caiu de uma trilha em vulcão na Indonésia. A morte foi confirmada nessa terça-feira (24/6).

A Equipe de Busca e Salvamento (SAR), combinada com a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), realizaram, nesta quarta-feira (25/6), a retirada do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que estava há cinco dias no Monte Rinjani.

O socorrista Agam Ranjani fez uma publicação ao vivo do momento em que o corpo foi içado pelos socorristas.

“Veja os esforços da Equipe de Busca e Salvamento (SAR) combinada com Basarnas, continuando até hoje à noite para evacuar a vítima Juliana Marins do Monte Rinjani para ser trazida de volta. Atualmente, a notícia de Agam Ranjani é de que eles estão descansando no Posto 2 antes de continuar a jornada”, diz a equipe.

Veja os vídeos:

A jovem caiu enquanto fazia uma trilha no vulcão, na ilha de Lombok, no sábado (21/6), e permaneceu no local desde então. Equipes de resgate, com apoio de voluntários, passaram cinco dias trabalhando na operação. Nessa terça, a família confirmou que a jovem foi encontrada sem vida.


Entenda o caso

  • Juliana Marins, de 26 anos, deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok.
  • Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio.
  • Após escorregar no caminho, ela só parou a uma distância de 300 metros de onde o grupo estava.
  • Informações preliminares indicavam que a brasileira teria recebido socorro; a família, porém, desmentiu esses rumores. Juliana aguardava resgate há quatro dias.
  • Por meio das redes sociais, a família da jovem confirmou que o salvamento foi interrompido nesta segunda-feira (23/6) por conta das condições climáticas na região.
  • Nesta terça, Juliana foi encontrada morta.

A informação foi confirmada pela equipe que coordenou as operações de busca. Segundo o órgão, um socorrista voluntário conseguiu localizar Juliana a uma profundidade de cerca de 600 metros. Havia a suspeita de que ela pudesse estar ainda mais abaixo, a cerca de 950 metros.

A Basarnas optou por resgatar o corpo com o uso de cordas. O processo de evacuação por helicóptero não pôde ser realizado devido às condições climáticas.

A informação foi confirmada pelo chefe da agência, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, à televisão indonésia One News.

Nas redes sociais, os grupos de salvamento alegaram que “fazer trilha no Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo” e pediram respeito para “entender os limites”. “Quando acontecer um acidente, não culpe os socorristas, a menos que você já tenha estado no lugar deles”, informou a equipe de socorro.

Nos últimos dias, o trabalho das equipes de resgate foi dificultado pelas condições climáticas adversas e pela baixa visibilidade na região. Acampamentos de apoio foram montados em dois pontos do desfiladeiro: um a 400 metros e outro a 600 metros de profundidade.

Guia de Juliana

Vulcão
Imagem colorida de Juliana Marins, enquanto aguarda resgate em vulcão da Indonésia
Juliana Marins, 26 anos, é a turista brasileira que caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha na Indonésia

De acordo com o parque, o resgate da brasileira mobilizou 48 pessoas. Foram empregadas técnicas de salvamento vertical, mas o terreno do penhasco e o clima da região representaram “grandes desafios”. O uso de helicópteros na operação foi vetado por causa da neblina.

Veja como é o vulcão na Indonésia onde brasileira morreu:

A retirada do corpo ocorreu apenas ao amanhecer, quando as condições foram consideradas mais seguras para a operação. Após ser içado, o corpo será levado de maca até o posto de Sembalun, onde um helicóptero o transportará ao hospital Bayangkara, para os procedimentos legais.

Juliana Marins
Juliana Marins
Juliana Marins
Juliana Marins

Acidentes

Dados do governo indonésio, divulgados em março deste ano, mostram que, apesar de ser um dos destinos mais procurados da região, o número de acidentes no vulcão Rinjani aumentou nos últimos anos — com as ocorrências quase dobrando em 2024, na comparação com 2023.

Segundo o Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, foram registradas:

  • 21 ocorrências em 2020
  • 33 ocorrências em 2021
  • 31 ocorrências em 2022;
  • 35 ocorrências em 2023
  • e 60 ocorrências em 2024.

 

 Por Metropoles