Conforme ocorrência dos fatos, 03 Policiais Militares do 3° Batalhão de Trânsito da cidade de Vilhena/RO, abordaram um Policial Penal que estava com sua esposa e uma filha de apenas 06 anos de idade. A abordagem não foi referente a infração de trânsito, a familia estava a pé andando em uma avenida principal da cidade.
Conforme apurado, os policiais receberam uma denúncia que o Policial Penal estaria armado, a denúncia partiu de um Policial Militar que trabalha como segurança na loja Shopping da China que fica localizado no centro da cidade.
A abordagem abusiva
Quando o Policial Penal estava em uma avenida principal andando com sua família, a viatura da PM chegou de forma agressiva e os policiais já saíram gritando com arma em punho mandando o servidor colocar as mãos sobre a cabeça, ele então falou para os policiais, “calma, estou armado, sou policial, posso me identificar?”, os policiais não deram ouvidos e gritaram novamente para que ele colocasse as mãos na cabeça, o Policial Penal colocou as mãos sobre a cabeça e veio um dos militares e retirou sua pistola da cintura, depois da checagem e documentação, devolveram ao policial.
Mesmo com criança no colo policiais não respeitaram
No momento da abordagem a esposa do policial Penal estava com sua filha de apenas 06 anos no colo, mesmo assim não foi motivo de impedimento ou cautela por parte dos policiais, ao contrário, ficou na mira de armas de fogo.
Psicológico e sonho de uma criança abalados
Conforme apurado com os pais da criança em questão, ela era fã das Polícias, desde bem pequena admirava e demonstrava todo afeto e amor pela polícia militar. Toda vez em que via uma viatura ela acenava tchau sorrindo e feliz, depois do ocorrido, a criança está triste, quando ver uma viatura na rua fala que a polícia é má, não acena mais tchau, ao contrário, fica com medo, quando sai na rua fica perguntando se a polícia não vai parar novamente.
O debate e discussão
Com tal ação pelos policiais militares, a esposa do Policial Penal começou a questionar sobre a abordagem, dizendo que isso estava errado, que estava com uma criança no colo e mesmo assim foram tratados como bandidos, não se importaram com uma criança, isso é inadmissível e revoltante. Disse.
O Policial Penal então começou a questionar e debater a abordagem, houve intensos questionamentos e o clima ficou tenso.
O que diz o 3° BPM de Vilhena
Nossa redação entrou em contato com o 3° BPM de Vilhena, em resposta disse que o Comandante tem conhecimento dos fatos e as medidas legais estão sendo adotadas por meio de ferramentas previstas em legislação vigente. Quanto ao mérito da conduta dos policiais não há como se falar agora, tendo em vista que os fatos ainda estão sendo investigados.
Os militares envolvidos na ação
Nossa redação não obteve contato com os envolvidos, o batalhão de Vilhena disse que não era permitido contato com eles, só se o comando geral ou corregedoria geral autorizassem por meio de ofício.
O que diz a Corregedoria Geral da PM
A Corregedoria Geral da PM disse que recebeu a denúncia e os fatos encontram-se em apuração.
Ministério Publico também apura conduta dos militares
O Policial Penal também ingressou com uma ação no Ministério Público de Rondônia, para que os responsáveis respondam administrativamente por suas condutas.
O que diz o Policial Penal
O Policial Penal que também é formado em Segurança Pública e pós graduado em Gestão e Inteligência em Segurança Pública, disse repudiar veementemente e lamenta profundamente a ação infeliz e isolada desses Policiais e que essa atitude não condiz com o preparo da Policia Militar do Estado de Rondônia.
“Sei que essa foi uma situação isolada e não condiz com a grande maioria dos policiais militares, essa abordagem foi tamanha de uma irresponsabilidade, abusiva, ignorância e falta de preparo por parte desses policiais militares.”
Ação dos policiais também é reprovada em Portaria Interministerial
A Portaria Interministerial 4226/2010, publicada no Diário Oficial da União, define a norma para uso da força e de armas de fogo por agentes de segurança pública. O intuito é reduzir gradativamente os índices de letalidade nas ações envolvendo profissionais de segurança.
Entre a proibição, é que os policiais não podem mais apontar armas para as pessoas durante abordagens nas ruas, e os disparos só devem ocorrer se houver ameaça real de lesão ou morte.
Por Rondoniaemqap