A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amapá (FICCO) deflagrou na manhã desta terça-feira (26/9) a Operação Enganado, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, sendo dois deles no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em Macapá.
A ação é um desdobramento da Operação Illusio, em que foi identificado um grupo em aplicativo de mensagens que tinha como finalidade a prática do crime de extorsão. Os indivíduos se passavam por policiais civis e parentes de supostas vítimas de crimes, a partir desse momento iniciavam-se as extorsões com ameaças de denunciação, divulgação dos fatos e até prisão. Na ação foram apreendidos R$ 250 mil, na casa do investigado, provenientes desta prática.
Foram identificados dois homens, internos do Iapen, com fortes indícios de serem autores do delito. A prática consistia na criação de contas falsas de usuários em aplicativos de mensagens, que posteriormente eram usadas para à consumação do crime de extorsão. Os sujeitos exigiam que fosse feito um depósito em conta para que a denúncia não ocorresse.
Os investigados que se passavam por familiares e advogados das hipotéticas vítimas, utilizavam fotos internas como se estivessem na sede da Polícia Civil para dar mais veracidade ao golpe, como se, de fato a denúncia fosse ocorrer caso o depósito de determinada quantia não fosse efetuado, além do fato dos internos utilizarem imagens montadas com a foto da vítima do crime de extorsão ligada ao crime de pedofilia com a utilização da logo do Estado do Amapá e da Polícia Civil.
Além do crime de extorsão, foi identificado que os internos praticavam tráfico de drogas de dentro do Iapen, com ajuda de seus conhecidos que o auxiliavam fora do sistema carcerário.
Os investigados poderão responder pelos crimes de extorsão e tráfico de drogas. Em caso de condenação, poderão cumprir pena de até 25 anos de reclusão mais pagamento de multa.
Fazem parte da Força Integrada de Combate ao Crime, a Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN e SEJUSP.
Por Assessoria – PF