Barroso critica manifestações e apelos a “quartéis e extraterrestres”

“Não adianta apelar para quartéis e não adianta apelar para seres extraterrestres”, ressaltou o magistrado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso reforçou, nesta sexta-feira (25/11), que os resultados das eleições são legítimos e devem ser respeitados e criticou bolsonaristas que têm se entrincheirado em frente a quartéis e bloqueado rodovias pedindo por “intervenção federal”. “Não adianta apelar para quartéis e não adianta apelar para seres extraterrestres”, ressaltou o magistrado.

Em discurso na sede do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em Salvador, Barroso ressaltou que o STF não possui lado e que os resultados do pleito de 2022 representam a vontade da maioria da população. O ministro ainda rechaçou os questionamentos aos resultados: “Antidemocráticos”.

“Eles [manifestantes] têm repetido que Supremo é o povo. E é isso mesmo. Soberania popular significa a supremacia da vontade do povo, que se manifesta nas eleições. O resultado tem que ser respeitado. Não adianta apelar para quartéis e não adianta apelar para seres extraterrestres. Isso é antidemocrático”, destacou.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que desbloqueou, na última terça-feira (22/11), todas as rodovias federais que estavam interditadas ou bloqueadas por manifestantes que não aceitam o resultado das eleições que deram a vitória para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Perdeu, mané

Durante sua fala no TRE-BA, Barroso também comentou o episódio em que, durante agenda em Nova York (EUA), responde com um “perdeu, mané. Não amola” a um homem que o gravava e o questionava sobre as eleições de 2022.

“Eu humanamente perdi a paciência. Gostaria de dizer que só perdi a paciência depois de três dias, em que uma horda de selvagens andava atrás de mim, me xingando de todos os nomes que alguém possa imaginar”, afirmou.

“Mas eu, como todas as pessoas, tenho o maior respeito e consideração pelos 58 milhões de pessoas que votaram em um candidato. Porque, como eu disse antes, a democracia não é um modelo de ‘alguns’, é o governo de todos e, portanto, todos merecem respeito e consideração, mas os humanos têm o direito de perder a paciência em alguns momentos da vida”, completou.

 

 

Por Metropoles

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