Interferência na PF: investigadores dizem que há uma “bomba” por vir

O tal material inédito já foi enviado para a ministra Cármen Lúcia, que está responsável pelo caso no STF.

Os investigadores que atuam na apuração do esquema de corrupção no Ministério da Educação, epicentro de uma guerra interna na Polícia Federal que levou até a um inédito pedido de prisão da cúpula da corporação, fizeram chegar nos últimos dias a seus superiores um recado: na parte ainda sigilosa do trabalho, atualmente em tramitação no Supremo Tribunal Federal, há uma “bomba”.

Segundo eles, trata-se de uma prova tão explosiva a ponto de dirimir todas as dúvidas que cercam as suspeitas de que dirigentes da Polícia Federal e figurões do governo Jair Bolsonaro agiram para interferir no rumo das investigações. O tal material inédito já foi enviado para a ministra Cármen Lúcia, que está responsável pelo caso no STF.

Entre as decisões pendentes a cargo da ministra está o pedido para que o presidente Jair Bolsonaro seja incluído entre os investigados por ter supostamente alertado o ex-ministro Milton Ribeiro de que ele seria alvo de uma operação. Também está nas mãos dela o pedido feito pelo delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação, para que a cúpula da PF seja presa em razão das alegadas tentativas de interferência.

Fontes a par do assunto ouvidas pela coluna dizem esperar que Cármen Lúcia decida sobre os pedidos apenas depois das eleições, para não dar margem a questionamentos relacionados aos possíveis efeitos do caso sobre a campanha. Não deixa de ser mais um sinal importante de que, de fato, há questões sensíveis em jogo.

 

 

Por Metropoles

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