DEPEN e PF faz Operação contra suspeitos de favorecer facção em presídios do Rio

A investigação aponta ainda que os desvios cometidos pelos investigados foram praticados em troca de influência sobre os locais de domínio destes traficantes e outras vantagens ilícitas.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), participou na manhã desta terça-feira (17) da Operação Simonia, deflagrada pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro. O objetivo foi desarticular suposto esquema criminoso estabelecido na cúpula administrativa da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SEAP/RJ).

A investigação, desenvolvida em conjunto com o Ministério Público Federal e o Depen, demonstrou a existência de negociações entre a cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária do RJ e lideranças de uma facção criminosa de origem fluminense, mas com atuação internacional no tráfico de drogas.

Segundo as investigações, os agentes públicos se comprometeram e realizaram diversas diligências para viabilizar o retorno de criminosos custodiados na Penitenciária Federal em Catanduvas (PFCAT), no Paraná, para o estado do Rio de Janeiro.

A PFCAT é uma das 5 (cinco) penitenciárias federais administradas pelo Depen, que são referência no Brasil e no mundo pelo fiel cumprimento da Lei de Execução Penal (LEP), além de não ter registros de fugas, rebeliões e nem entrada de materiais ilícitos.

Graças às unidades federais, os presos de maior periculosidade do país, sobretudo líderes de facções criminosas, estão desarticulados de suas ações.

Durante as ações da Operação, já nas primeiras horas desta manhã, cerca de 40 policiais cumprem três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, expedidos pela Tribunal Regional Federal da 2ª Região, vez que um dos investigados é detentor de foro por prerrogativa de função. Além da Capital, no Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, ambos no Rio de Janeiro.

Além disso, os servidores franqueavam a entrada de pessoas e itens proibidos em unidades prisionais estaduais tendo, inclusive, realizado a soltura irregular de um criminoso de altíssima periculosidade, contra quem havia sabidamente mandados de prisão pendentes de cumprimento.
A investigação aponta ainda que os desvios cometidos pelos investigados foram praticados em troca de influência sobre os locais de domínio destes traficantes e outras vantagens ilícitas.

Simonia

O termo histórico, faz referência a uma prática medieval em que detentores de cargos trocavam benefícios ilegítimos por vantagens espúrias (hipotéticas).

 

Serviço de Comunicação Social do Depen com informações da Comunicação PF – RJ

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