Policiais de todo Brasil prometem “lockdown geral” na Segurança Pública

A paralisação, segundo eles, não inclui policiais militares. Apenas as 20 categorias que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária.

Durante carreata promovida nesta quarta-feira (17/3) pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), policiais de mais de 20 entidades prometeram paralisar todos os serviços de segurança pública pelo período de 10 horas, na próxima segunda-feira (22/3).

Os profissionais protestam contra a promulgação, na segunda-feira (15/3), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 186/19, batizada de PEC Emergencial, pelo Congresso Nacional, que congelou os salários da categoria. Eles demonstraram insatisfação com os acordos que, segundo a categoria, foram descumpridos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A aprovação do texto da PEC Emergencial é condição necessária para que o governo pague nova rodada do auxílio emergencial a famílias de baixa renda.

Além da PEC promulgada na segunda-feira (15/3), eles levantaram outras insatisfações, como a reforma da Previdência e a futura reforma administrativa, além da Lei Complementar n° 173, que também trouxe perdas à categoria, segundo os policiais.

“O lockdown é um segundo passo desse ato de hoje, que foi decido por todas as forças policiais. Vai parar o sistema e a segurança pública, todas as atividades, de 13h até 23h do dia 22 deste mês. É mais uma resposta à aprovação de PECs Emergenciais, que vêm sendo aprovadas a toque de caixa, se aproveitando do momento da pandemia”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do DF, Paulo Rogério.

Outras categorias

A paralisação, segundo eles, não inclui policiais militares. Apenas as 20 categorias que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ).

Para Jacinto Teles, presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil, foi o próprio governo que impôs esse lockdown na segurança pública, quando aprovou a PEC Emergencial, que segundo ele, “de emergencial não tem nada”, porque “tira e arrocha os salários dos servidores públicos”.

Veja o vídeo da convocação:




 

 

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