Saiba como é o trabalho da Polícia Federal no Amazonas

Saraiva destacou que, após o concurso, a PF contará com o maior efetivo da história. A corporação pode ultrapassar a marca de 12 mil policiais.

O prazo para quem deseja se tornar policial federal e participar do segundo maior concurso promovido pela corporação termina nesta terça-feira (9/2). São ofertadas 1,5 mil vagas para os cargos de agente, escrivão, papiloscopista e delegado, sendo todas destinadas ao provimento imediato, e mais 500 vagas excedentes. Os novos policiais deverão ser lotados, em sua maioria, na região Norte e de fronteira.

Saraiva destacou que, após o concurso, a PF contará com o maior efetivo da história. A corporação pode ultrapassar a marca de 12 mil policiais. “A Polícia Federal exerce as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras e, com exclusividade, de polícia judiciária de União. Estamos no maior estado brasileiro e vamos receber aprovados em todos os cargos”, explicou.

O superintendente detalhou que os policiais transferidos para a região atuarão principalmente em três vertentes básicas: o combate a organizações criminosas, à corrupção e a crimes ambientais. Sem contar com as atribuições de aeroportuárias, como emissão de passaportes.

“A PF tem áreas que contemplam todos os perfis. Há muita investigação, análise, trabalhos administrativos. Também temos grupos táticos especiais, como o Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), Grupo de Pronta Intervenção (GPI) e até mesmo o Comando de Operações Táticas, que fica em Brasília”, explicou o delegado.




Os novos policiais que chegarão ao Amazonas terão opção de lotação na capital, Manaus, ou Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. “O policial que for para Manaus, no entanto, dificilmente vai ficar só por lá, pois a PF também atua em municípios próximos”, destacou o superintendente.

Operações

A Região Amazônica vem sendo monitorada pela Polícia Federal por meio de imagens de satélite, capazes de identificar as áreas de exploração, bem como os locais de embarque e desembarque das cargas. Também são realizados sobrevoos para apontar as coordenadas geográficas exatas das madeiras extraídas ilegalmente.

Em dezembro do ano passado, a PF fez uma apreensão histórica de madeira na divisa dos estados do Pará e do Amazonas. As investigações, ocorridas após a retenção de uma balsa no Rio Mamuru, levaram às coordenadas geográficas com mais de 131 mil metros cúbicos de toras no Rio Arapiuns, o equivalente a 6.243 caminhões lotados de carga.

A Operação foi batizada de Handroanthus GLO por ser o nome científico do Ipê, a árvore mais cobiçada por organizações criminosas na Amazônia.

Com relação ao combate à corrupção, uma das apurações de destaque culminou na Operação Sangria, deflagrada em junho de 2020. A ação investiga práticas de crime com o dinheiro público, durante a pandemia do Covid-19, em processos de compra de respiradores pulmonares.

Já foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e realizadas prisões temporárias, para contribuir com a apuração dos fatos. O nome da operação faz referência à revendedora de vinhos, supostamente utilizada para desviar recursos públicos que deveriam ser destinados ao sistema de saúde do estado. A segunda fase da operação ocorreu em outubro do mesmo ano.

A PF no Amazonas também mirou no tráfico internacional de drogas, em ofensiva deflagrada em julho de 2020. A Operação Shelde investiga esquema que utilizava empresas de fachada no estado do Amazonas para remessa de entorpecentes à Europa. Também são apurados crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documentos ideologicamente falsos. O nome da operação é uma referência ao Rio Schelde, onde se situa o Porto da Antuérpia, na Bélgica, local da apreensão de 250kg de cocaína, a qual ensejou o início da investigação.

Um outra ação teve como objetivo reprimir a lavagem de dinheiro e desarticular a organização criminosa que se utilizava de “mulas” (pessoas que escondem drogas em seus corpos) para o tráfico de drogas. A investigação teve início com a prisão em flagrante de pessoas que tentaram embarcar em voos comerciais de Tabatinga para Manaus transportando entorpecentes.

 

Fonte: Metropoles

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