Lamentavelmente, mesmo em tempos de pandemia e estando os policiais penais na linha de frente da luta contra o coronavírus, vemos que a Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) do Distrito Federal ainda demonstra uma predileção pela vida do preso, em detrimento da nossa. Enquanto os detentos gozam de prioridade no atendimento, nossa categoria pena na fila de espera, mesmo quando a questão é de urgência pandêmica.
Na sexta-feira, dia 3 de abril, um policial penal lotado no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), foi afastado do trabalho por suspeitas de Covid-19. No dia seguinte, ele requisitou atendimento para realizar o teste. Pediram-no que aguardasse, pois uma equipe de saúde iria até sua casa para realizar o exame no domingo. Mas isso não ocorreu. Remarcaram para segunda, depois terça, e nada.
Foi necessário que ele, mesmo em meio a dores e febre alta, fosse dirigindo até o CIR para realizar o exame.
Mediante tamanho descaso, o Sindpen vem a público repudiar a atitude da Subsaúde que insiste em menosprezar o valor dos policiais penais, nos relegando, dia após dia, à invisibilidade. É inadmissível que, trabalhando em ambiente tão insalubre e em meio a tantos patogênicos – inclusive o coronavírus –, tenhamos nossa saúde negligenciada.
Portanto, essa instituição sindical, representante legítima da categoria dos policiais penais do Distrito Federal, reafirma seu compromisso de não recuar enquanto não for atribuído o devido valor a essa carreira, tão imprescindível para a segurança pública e manutenção da ordem em nossa sociedade.
Fonte: Ascom – Sindpen