PMs: Salários abaixo da linha de vergonha e anistia incentivam motins, greves e crimes

Você acha justa a greve para os PMs quando eles reivindicam melhores salários, incluindo ações de motim, como está acontecendo no Ceará , ou considera que a polícia não ´pode fazer paralisação, como determina nossa atual Constituição?

Claro que a legislação tem muita culpa em relação ao que está acontecendo, mais uma vez, com a Polícia Militar. Proibida pela Constituição de fazer greve, a corporação eventualmente tem ignorado a lei, que deveria defender com unhas e dentes, realizando paralisações, algumas com violência e sustos à população, como já aconteceu aqui mesmo em Rondônia e em outros Estados; assim como está se registrando agora, em Fortaleza.

O caso do Ceará é muito mais grave, porque os eventos  não representam apenas um motim, mas uma provocação, quase um  chamado ao confronto com as demais forças de segurança. Quando PMs em greve, armados, se tornam uma ameaça à coletividade, como devem agir os governos? No final desses movimentos (lembremo-nos de Rondônia, numa greve onde houve até tiros, registrados na primeira metade do governo de  Confúcio Moura ), mesmo os atos mais violentos são punidos, mas as punições fracassam, por ingerência política, tanto do Executivo como do Parlamento. No final da baderna, a classe política oferece uma anistia, em que tudo é esquecido, como se nada tivesse  ocorrido. No Rio de Janeiro, há pouco tempo atrás, também foi assim.

Como conhecem mais do que ninguém o funcionamento das leis nesse Brasil, os amotinados sabem que podem fazer o que quiserem porque, no final das contas, ainda serão considerados heróis dentro da categoria. Alguns, aliás, serão eleitos para cargos políticos. Nesse caso, mais uma vez, o que diz nossa Constituição é apenas letra morta!

A crise no Ceará vem de longo tempo. Piorou mais quando os “coronéis”, como Ciro Gomes e seu tresloucado irmão, Cid Gomes, começaram a fazer campanha política em cima da desgraça dos péssimos salários pagos na área de segurança pública e, principalmente, à própria PM. Cid poderia ter corrigido a injustiça, mas nunca o fez. Quando Governador, chegou a enfrentar uma greve dessas em pleno período de carnaval, quando Fortaleza, por exemplo, recebia milhares de visitantes. Se dobrou a algumas exigências, mas continuou mantendo os salários dos policiais  abaixo da linha da vergonha, como o são até hoje. Agora, ao invés de buscar a pacificação, jogou uma retroescavadeira sobre PMs e seus familiares, num gesto absurdo e doentio.

Erram os políticos, ao não valorizar os policiais (isso sem contar a verborragia esquerdista e da Rede Globo, querendo torná-los criminosos) e erra a parte da PM cearense que partiu para o crime, ignorando a Constituição, o país e seu povo. Não há mocinhos nesse filme triste, cujo final pode ser ainda terrível e assustador. A lavagem de mão dos governos e da classe política, ao anistiar criminosos, também é um incentivo ao motim e à baderna. Todos erraram. E quem paga?  Uma resposta é óbvia: em 48 horas, 51 assassinatos.  Quem paga, é claro, são os cidadãos comuns. De novo!

 

 

Por Sérgio Pires

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