Motoboys do DF fazem manifestação no prédio onde PM sacou arma e fez ameaças

Palco de uma discussão envolvendo um policial militar e um motoboy, o condomínio Carpe Diem, em Taguatinga, foi alvo de protesto de motoqueiros nesta segunda-feira (20/01/2020). Os condutores se concentraram em frente ao prédio e pediam que o militar fosse punido pelas agressões.

O caso ocorreu na noite de domingo (19/01/2020) e será apurado pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). Os investigadores também apuram a denúncia de que a placa da motocicleta é adulterada. O registro do veículo é de Aparecida Goiânia (GO).

Em entrevista ao Metrópoles, o síndico do condomínio, Rafael Curinga, conta que o entregador recebeu diversos pedidos para que saísse do lugar em que estava estacionado, pois atrapalhava os pedestres. De acordo com o administrador, ele foi xingado várias vezes, assim como o PM.

Veja o vídeo do protesto:

https://youtu.be/Avik265FT0w

Segundo o síndico, o motoboy chegou à entrada do prédio às 20h26 e estacionou em frente à passagem utilizada pelos moradores. “O porteiro pediu para que ele estacionasse em outro lugar, mas o entregador disse que ia ficar ali mesmo até terminar o serviço.”

Pouco depois, às 20h30, o motoboy voltou, segundo Rafael. “Em vez de ir embora, acendeu um cigarro e ficou sentado em cima da moto.” Novo pedido teria sido feito para ele sair do local, mas, de novo, houve recusa.

Nesse meio-tempo, o PM estava chegando em casa, viu a confusão e perguntou o que acontecia. “O policial militar pediu para ele tirar [a moto] e foi xingado também. Depois disso, é o que aparece nas filmagens que outra moradora fez”, afirma.

Rafael desceu à portaria depois de o PM ter sacado a arma. “Mesmo com aquilo tudo, o motoboy não quis sair. Fui xingado e, só quando as viaturas da polícia chegaram e fomos à delegacia, ele saiu”, explica.

Um morador do condomínio, que preferiu não se identificar, confirmou que o entregador se recusou a tirar a moto da frente do prédio, mesmo tendo recebido vários pedidos. “Ele xingou o porteiro, falou que não ia sair dali. Desceu o síndico, que também falou para ele tirar, mas o motoboy não tirou”, afirma.

Na versão do vizinho, porém, foi o próprio condomínio que pediu a ajuda do PM para resolver a situação.

 

 

Fonte: Metropoles

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