Moro após fuga do PCC: “Passagem só de ida para presídio federal”

Horas após a fuga de mais de 75 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) do Presídio de Pedro Juan Caballero, na fronteira entre Paraguai e Brasil, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que as autoridades brasileiras estão colaborando com a identificação e a captura dos fugitivos.

Moro subiu o tom contra os fugitivos e garantiu que eles serão presos. “Estamos trabalhando com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal”, escreveu no Twitter.

Ele completou: “Estamos à disposição também para ajudar o Paraguai na recaptura desses criminosos. O Paraguai tem sido um grande parceiro na luta contra o crime”.

Sergio Moro

@SF_Moro

Após a fuga, na madrugada deste domingo (19/01/2020), equipes das polícias Militar, Civil e Rodoviária Estadual do Mato Grosso do Sul intensificaram o patrulhamento na região de Ponta Porã, município que faz fronteira com o Paraguai, distante 323 km de Campo Grande.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, desde cedo o Departamento de Operações de Fronteira monitoram as rodovias. Policiais que estavam de folga foram convocados para a região de Ponta Porã. Carros, táxis e ônibus serão abordados e será feita uma varredura para localizar os fugitivos que possam ter vindo para o Brasil.

Desde a madrugada, autoridades de segurança reforçaram o policiamento na região e iniciaram a caçada dos fugitivos. Os investigadores localizaram camionetes queimadas, em Sanga Puitã, o que levantou a suspeita de que alguns vieram para o Brasil.

Governo paraguaio
A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, acredita que houve “corrupção” de agente de segurança na fuga. Em entrevista à rádio paraguaia ABC Cardinal, ela questionou que ninguém “tenha visto ou ouvido todas as obras do túnel” que permitiram a fuga. “É categórico que houve corrupção. Você pode ver que existem celas cheias de sacos de areia e ninguém viu?”, disse Cecilia.

Ela também observou que o túnel estava no térreo do bloco destinado ao PCC, mas mesmo os que estavam no andar superior escaparam. “Para isso, eles precisavam ter todas as celas abertas”, afirmou. Segundo ela, a maioria dos presos fugiu pelo portão principal, o que indica que houve “cumplicidade” de agentes de segurança.

 

 

Fonte: Metropoles

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