Policiais Penais protestam contra a gestão penitenciária no Estado do Pará

Os cerca de 50 Policiais Penais que participam do protesto garantem que só sairão da frente do prédio da Seap quando forem recebidos pelo secretário Jarbas Vasconcelos.

Em protesto contra a gestão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Policiais Penais bloqueiam a entrada do prédio da Seap, na travessa Tamoios, no centro de Belém. Entre outras reivindicações, eles exigem ajustes na jornada de trabalho por conta dos plantões de 24 horas e a mudança da função do antigo cargo agente penitenciário para Policial Penal, conforme a Emenda Constitucional 104, promulgada pelo Congresso Nacional no dia 4 de dezembro de 2019.

Os cerca de 50 Policiais Penais que participam do protesto garantem que só sairão da frente do prédio da Seap quando forem recebidos pelo secretário Jarbas Vasconcelos ou algum outro representante do Governo do Pará.

A criação da Polícia Penal, de acordo com a EC 104, entre outras modificações, inclui os antigos agentes penitenciários no sistema de segurança pública, do qual até então eles não faziam parte, mesmo sendo uma função da segurança e de alto risco. No último sábado, 4, servidores foram feitos de reféns durante uma tentativa de resgate de presos em Marabá, no Sul do Pará.

Segundo Rosivan Santos, que é uma das lideranças do movimento, os servidores cobram ainda explicações por diversas transferências que estão sendo feitas sem justificativas pela Seap. “Nosso concurso foi regionalizado, as pessoas se inscreveram e optaram por disputar a vaga para determinada região, mas várias transferências, inclusive a minha, tem sido feitas irregularmente e sem justificativas, apenas para desmobilizar um movimento que não está fazendo nada além de reivindicar direitos”, ressaltou.

O Policial Penal Wilson de Souza confirma as transferências em retaliação às reclamações dos novos concursados, admitidos há cinco meses, que tem feito direto as jornadas de 24 horas por 48 horas de folgas. “Isso não acontece mais em nenhum local do país, é uma jornada desumana, e quando reclamamos, somos transferidos por retaliação e sem nenhuma explicação”, informou.

 

 

Fonte: Portal Roma News/Edição: Rondoniaemqap

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