Com receio de rebeliões, Temer é convencido a manter auxílio-reclusão de presos

O alerta partiu principalmente do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

BRASÍLIA – O presidente Michel Temer foi convencido pela ala política do governo a manter o chamado auxílio-reclusão, um benefício dado a parentes de presos, que economizaria R$ 600 milhões. O benefício é uma ajuda de custo a quase 30 mil dependentes de presos de baixa renda que contribuem para a Previdência Social.

A equipe econômica anunciou a suspensão do benefício na semana passada, dentro do pacote fiscal, mas na reunião da noite de domingo, no Palácio do Jaburu, Temer foi alertado de que isso poderia causar uma “rebelião nas cadeias”. Segundo um dos participantes do encontro, Temer foi convencido pelos argumentos.

O alerta partiu principalmente do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). A proposta da área econômica é de não dar novos benefícios. Os atuais seriam mantidos, a cerca de 30 mil pessoas. Mas o argumento político teria prevalecido.

O encontro no Jaburu durou longas horas, e houve um embate entre ala econômica e política, embora o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tenha ficado muitas vezes ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Temer está novamente reunido com ministros, para tentar fechar as contas.

A economia com o fim do que muitos batizaram de “bolsa cadeia”, no meio político, geraria a economia de R$ 600 milhões. Mas, no encontro, chegaram a elevar essa previsão para R$ 900 milhões.

Fonte: O Globo

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