Princípio de motim é registrado em presídio de Cacoal após revista

PM e agentes em frente ao presídio após revista geral (Foto: Rogério Aderbal/G1)PM e agentes em frente ao presídio após revista geral (Foto: Rogério Aderbal/G1)

Um princípio de motim foi registrado no mini presídio de Cacoal (RO), a 480 quilômetros de Porto Velho, na última segunda-feira (9), após uma revista realizada no local. Conforme a direção da unidade prisional, um grupo de presos tentou quebrar grades e paredes das celas, mas foram contidos por agentes penitenciários e policiais militares. Não houve feridos. Durante a revista, foram apreendidos celulares, drogas e várias facas artesanais. Dez apenados que teriam iniciado o ato serão transferidos.

Conforme o diretor do mini presídio, Fabiano Cardoso, por recomendação da Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus), após as rebeliões ocorridas nos estados do Amazonas (AM) e Roraima (RR), estão sendo realizadas revistas gerais nos presídios do estado.

Drogas, facas e celulares apreendidos (Foto: Rogério Aderbal/G1)Drogas, facas e celulares apreendidos (Foto: Rogério Aderbal/G1)

Em Cacoal, a ação foi realizada na segunda-feira, com o apoio da Polícia Militar (PM) e dos agentes penitenciários que estavam de folga. Durante a revista foram encontrados oito celulares, dez facas artesanais e drogas. Após a ação, houve um princípio de motim, onde alguns apenados tentaram quebrar grades e paredes, mas foram contidos.

“Eles não gostaram da ação e começaram a fazer barulho e quebrar as celas. Para conter a revolta, chamamos os agentes e a PM de novo e colocamos todos os detentos no pátio até que a situação fosse controlada. Durante esse período também foi feito a manutenção das paredes e grades que haviam sido danificadas”, explicou.

Ainda de acordo com a direção da unidade, ninguém se feriu durante a ação e, após a revista, cerca de dez apenados que iniciaram o motim foram transferidos para presídios de cidades da região. “Essa é uma recomendação da Sejus, e com estas medidas, a secretaria espera inibir possíveis motins nos presídios do estado de Rondônia”, aponta.

Mini presídio de cacoal (Foto: Rogério Aderbal/G1)Mini presídio de Cacoal tem 315 presos (Foto:
Rogério Aderbal/G1)

Superlotação
A situação no mini presídio de Cacoal não é diferente do sistema carcerário brasileiro. A superlotação também é uma realidade presente na unidade. Segundo a direção, o complexo prisional tem capacidade de abrigar no máximo 170 detentos, mas atualmente possui 315 pessoas, ou seja, quase o dobro do recomendado.

Raio-x
No dia de visita aos detentos que estão presos no presídio, os agentes encontram com frequência drogas e celulares camuflados ou escondidos em partes íntimas do corpo. Para o coibir este tipo de ação, na próxima semana, deve ser instalado na unidade uma máquina de raio-x, facilitando a identificação de objetos e drogas.

Revistas
Na última sexta-feira (6), revistas foram feitas em presídios de Ji-Paraná (RO). Em Porto Velho, dois presídios tiveram celas revistas no último domingo (8). Os agentes encontraram 18 celulares, 16 chips, 19 facas e 2 chuchos (armas artesanais), além de drogas.

Para evitar que conflitos, como as ocorridas no Amazonas e em Roraima, aconteçam nos presídios rondonienses, a secretária adjunta da Sejus, Sirlene Bastos, informou que o Estado colocou a Segurança em alerta, intensificando as revistas no interior dos presídios e tratando com mais rigor a política de acesso, por visitantes, ao sistema prisional.

G1- cacoal e zona da mata

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