SSP-AM diz que reforço da PM em prisões é ‘medida emergencial’

Após a morte de 60 presos e a fuga de 184 detentos em unidades prisionais do Amazonas, o Governo do Estado anunciou, na segunda-feira (2), que a Polícia Militar vai passar a fazer a segurança permanentemente dentro das penitenciárias, com revistas periódicas. Ao G1,o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse nesta terça-feira (3) que a ação é emergencial e que, neste momento, não existe outra opção.

“Vamos ter que fazer remanejamentos. O cobertor é curto. Quando a gente puxa de um lado, mostra do outro. Não tem outro jeito de fazer. Foi a decisão mais acertada? A resposta, na verdade, é que essa era a única decisão a ser tomada”, disse Fontes em coletiva, nesta terça.

Sem falar de números e sobre quais unidades receberão mais ou menos apoio, o secretário disse que a medida tem o objetivo de garantir a segurança de funcionários do presídio e até dos próprios detentos.

“Depois do que aconteceu, não posso deixar de reforçar as muralhas nos presídios, até para a segurança física dos funcionários e até dos presos, que naturalmente estão assustados”, concluiu.

Fontes afirmou que policiais civis e militares do Estado, que estavam de folga, foram convocados para atuar na força tarefa de reforço da segurança, investigações e na recaptura de foragidos.

Entenda o caso
O primeiro tumulto nas unidades prisionais do estado ocorreu no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista). Um total de 72 presos fugiu da unidade prisional na manhã de domingo (1º).

Horas mais tarde, por volta de 14h, detentos do Compaj iniciaram uma rebelião violenta na unidade, que resultou na morte de 56 presos. O massacre foi liderado por internos da facção Família do Norte (FDN).

A rebelião no Compaj durou mais de 17h e acabou na manhã desta segunda-feira (2). Após o fim do tumulto na unidade, o Ipat e o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) também registraram distúrbios.

No Instituto, internos fizeram um “batidão de grade”, enquanto no CDPM os internos alojados em um dos pavilhões tentaram fugir, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que reforçou a segurança na unidade.

No fim da tarde, quatro presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus, foram mortos dentro do presídio. Segundo a SSP, não se tratou de uma rebelião, mas sim de uma ação direcionada a um grupo de presos.

Fonte: g1/AM

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